O que traz esperança

No último ano de seminário, comecei a lecionar Ensino Religioso no Colégio Americano Batista, no Recife. Lembro-me de uma vez em que contei a história de Jonas. Mas quis fazer diferente. Quando Jonas estava no fundo do mar e orou ao Senhor, parei a narrativa e perguntei às crianças: O que vocês fariam? O que acham que Deus deveria fazer? As respostas predominantes eram: Se vire; Você está aí porque quis. Eu o mandei para outro lugar; agora, o problema é seu.

Mas não foi essa a resposta de Deus a Jonas, porque, no Senhor, justiça e misericórdia andam juntas. Em Salmos 85.10, o salmista antecipou o que aconteceria na cruz: O amor e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram. O apóstolo Paulo escreveu em Romanos que justificados […] temos paz com Deus (Romanos 5.1). Sem mérito algum, fomos justificados e salvos.

Os anos se passaram e, quando penso em Jonas, eu me lembro de que as respostas de Deus às nossas orações não são definidas por merecimento, mas pela misericórdia dele. Quanta gratidão guardo no meu coração por esse imenso amor. Trazer isso à memória deve alimentar nossa esperança.