Quando missionários da Junta de Missões Nacionais, eu e meu esposo servimos em alguns trechos da Transamazônica, onde ficamos por sete anos e tivemos nossas três filhas. Escrevi a poesia a seguir em meio a muitas dificuldades, perigos, adaptações, superações e renúncias.
No decorrer desta vida, muitas vozes eu ouvi. Nenhuma tão sublime doce e imperativa, como Eu te escolhi.
Pelas estradas, às vezes incertas da vida, muitos caminhos percorri, mas nenhum me levava à voz que me guiava, dizendo: Eu te escolhi.
Dos pensamentos sobre a vida, a muitos resisti, mas este, divino, insistente e persistente me lembrava: Eu te escolhi.
Em meus sonhos, planos, projetos, me apoiei e prossegui, mas o que trazia mais sentido e razão a minha vida era o Eu te escolhi.
Nas lutas, dissabores, perigos da vida, dores, saudades, medos sofri, mas nenhuma experiência me dava mais consolo e alento, como o Eu te escolhi.
Nos momentos de proteção, cuidados e vitórias, alegrias infindas eu senti, mas a certeza que fez mais completa minha vida é sentir a presença do Senhor, que por amor me envolvi, e continua a dizer-me: Não temas, eu te escolhi.
A imperfeição está em nós, mas os planos do Senhor são sempre perfeitos, bons e eternos.