A essência do belo

Até os últimos dias da sua vida, minha mãe começava o dia perguntando: “O que temos na agenda para hoje?”, e terminava o dia perguntando: “Quais as tarefas que completamos hoje?” Sou grata porque ela me ensinou que a preguiça é errado.

No momento, todavia, estou tentando aprender a parar e ficar quieta. Deus parou e descansou de toda sua criação no sétimo dia (Gn 2.2), não porque estivesse cansado, mas para celebrar o que tinha feito, e era tudo belo, doce e agradável.

É preciso abrir nossos corações para observar um pequeno gafanhoto verde, uma teia de aranha de renda, uma desengonçada girafa, o uirapuru cantando, os golfinhos dançando e cantando no mar para entender que fomos criados para a beleza. Ela é um reflexo da glória de Deus.

Houve um tempo em que toda beleza foi removida das igrejas para deixá-las simples. O argumento era de que o belo não era necessário. Eles se esqueceram de que Deus é o criador da beleza e a usa para vislumbrarmos sua glória. Acho que falta, em nossas vidas ocupadíssimas, a arte essencial de parar por um instante e contemplar a perfeição do Senhor.