Mestre, mas servo

Você já entrou numa fila imensa preocupado com o fato de que ficará em pé por muito tempo? Aí, de repente, chega alguém com aquela aparência de importância e se aproxima do guarda, cochichando algo no ouvido dele. O homem vai até a frente da fila. A indignação de todos é imediata. Ninguém quer ser o último. É frustrante e humilhante. Jesus quis ensinar aos seus discípulos exatamente sobre isso.

Ao lavar os pés dos discípulos na última ceia, Jesus estava deixando uma das últimas lições. No início do seu ministério, no Sermão do Monte, ele explicou: “O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem-instruído será como o seu mestre” (Lc 6.40). Nosso Salvador mostrou a verdadeira natureza do seu Reino assaltando, assim, a arrogância e a ambição de Pedro.

De tanto ouvir “o primeiro será o último”, a frase perdeu o poder para nós. Se, porém, tivéssemos visto o que Jesus fez naquela noite com os discípulos, teríamos ainda mais certeza de que ele estava transformando vidas ao arrancar da vida dos que estavam presentes os vestígios do ego e do orgulho. Ele também deseja fazer o mesmo conosco.